quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Shichigosan – Festival de 7, 5 e 3 anos


Shichigosan – Festival de 7, 5 e 3 anos


extraído do blog:  JAPÃO EM FOCO

Shichigosan significa literalmente : Shichi (sete), Go (cinco) e San (três) e é o nome dado a um festival japonês comemorado por crianças de 7, 5 e 3 anos. A data oficial é 15 de novembro, no entanto, muitas famílias realizam a cerimônia no fim de semana que antecede ou procede a data oficial, quando esta cai no meio da semana.

Desta forma é mais fácil para que as famílias possam se reunir no sábado e domingo, já que esta data não é um feriado nacional no calendário japonês.
Além do dias das meninas no dia 3 de março e dia dos meninos no dia 5 de maio, as crianças ainda ganham essa data para comemorar as idades de 3, 5 e 7 anos. O propósito é celebrar o crescimento saudável das crianças e rezar pelo sua saúde e bem estar.

História da Shichigosan


Este festival para as crianças, remonta ao Período Heian no Japão (794-1185). O evento tem algumas raízes muito tradicionais e rituais que são associados com os costumes da sociedade japonesa em diferentes momentos da história.
Durante a era dos samurais, por exemplo, a tradição “ kamioki ” era que as crianças tivessem suas cabeças raspadas no nascimento. Somente ao chegar na idade de 3 anos é que poderiam deixar o cabelo crescer.
Hoje em dia, essa tradição já não é habitual, porém a celebração dos 3 anos ainda é comemorada entre meninos e meninas de 3 anos. É com essa idade que elas vão se vestir com os trajes tradicionais pela primeira vez e visitar o santuário para a celebração.
Durante esses dias, é comum ver nas ruas e trens, uma grande quantidade de crianças vestidas com kimono e esbanjando sorrisos para todos.

Meninos de 5 e meninas de 7

Além das crianças de 3 anosmeninos com 5 anos e meninas de 7 anos também comemoram o Shichi go san. Para os meninos a celebração é conhecida como “hakamagi no gi“. Esta é a primeira vez que vai usar formalmente o “hakama“, uma calça tradicional japonesa e o “haori“, terno de seda, para se assemelharem aos samurais.
Nos tempos modernos este costume está mudando um pouco e, especialmente, em Tóquio, ao invés de usar roupas tradicionais, muitos meninos vão com trajes comuns, talvez por serem mais confortáveis.
Para as meninas com 7 anos, será a segunda vez que elas celebram o Shichigosan. Tradicionalmente, este evento é conhecido como “obitoki no gi“. As meninas usam o “obi” tradicional, pela primeira vez em torno de seu kimono, em vez de cordas simples.
As meninas de 7 anos são produzidas como se fossem adultas, tendo uma dia glamouroso, onde receberão maquiagem e arranjos nos cabelos para estarem lindas e se assemelharem a gueixas adultas para entrarem no santuário.

Atividades tradicionais no Shichigosan

Nessa data, além de ir aos santuários, as crianças ganham um festival só para elas onde é comum vê-las carregando sacos decorados com tartarugas e dobraduras de papel recheados de Chitose ame (doce comprido vermelhos e branco), que significa “doce dos mil anos“.
As tartarugas (kame) e as dobraduras (origami) simbolizam uma vida longa e saudável na cultura japonesa, enquanto as varas de doces são embrulhada em vermelho e branco, cores que trazem sorte, segundo a tradição japonesa.

Essa data é muito especial tanto para as crianças como para os papais que munidos com câmeras, batem fotos e filmam seus pimpolhos, vestidos com capricho para a cerimônia. Essa celebração, marca uma espécie de passagem de idade, um ritual diferente do que vemos no ocidente, onde cada ano, as crianças comemoram o aniversário individualmente.

Superstições com a idade

No Japão, a comemoração é comunitária e em idades específicas. O porque dessas idades? Bom, os japoneses são supersticiosos em relação aos números e portanto eles acreditam, que nessas idades, as crianças ficam mais suscetíveis à problemas de saúde e riscos de morte.
Levando as crianças nessas idades ao templos para fazer a cerimônia, a tradição diz que as crianças vão ganhar proteção, saúde e sorte.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


Por: Naomi Doy

Para suprir falta de bolsos nos vestuários tradicionais (kimono, yukata, kosode), os japoneses usavam uma espécie de nécessaire preso por cordão duplo ao obi (faixa ao redor da cintura), os inroh. Eram caixinhas de metal ou madeira laqueada ornada com pinturas maki-e, e com divisões que serviam para levar medicamentos, fumo, piteira, dinheiro, selos etc.. Para maior segurança, o cordão tinha um fecho (ojime), e, para que o cordão não se soltasse, um pequeno objeto entalhado, netsuke, o prendia ao obi (ne=raiz; tsuke=amarrar, prender).
Pouco maior que o tamanho de um polegar, os netsukes eram esculpidos em materiais variados: osso, chifre, casco de tartaruga, madeira, metal, marfim. Lisinhos, sem arestas nem rugosidades, são agradáveis ao toque. De uso cotidiano até o Período Edo (1615-1868) e feitos por artesãos hábeis em miniesculturas, foram se tornando objetos de rara arte e perícia. Como à gente comum, abaixo da classe dos samurais, não era permitido usar ornamentos nem joias, a crescente classe de ricos negociantes adotou os netsukes como adornos pessoais. Para provê-los, começaram a surgir muitos artesãos escultores, criando escolas e estilos de renome. Ao redor da Restauração Meiji (1868), com os japoneses aderindo ao uso de roupas ocidentais – calças e paletós com bolsos – os inroh caíram em desuso. Mas europeus apaixonados por japonaiserie (coisas e artes japonesas) começaram a descobrir e colecionar esses objetos. Artesãos e escultores continuaram então a fabricá-los visando esses colecionadores.
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Mercadores de arte em Londres notam crescentes e contínuo interesse por antigas peças de netsuke. Leilões dessas esculturas batem recordes de audiência e preço. Colecionadores e conhecedores os classificam pela antiguidade, matéria-prima, origem, estilo, escultor/entalhador, e escola. Em novembro passado, durante um leilão de coleção de netsuke do século XVIII, uma peça de marfim esculpida em figura de shishi (leão) alcançou a cifra de US$ 416.000, após lances acirrados. Essas pequenas e táteis esculturas contam histórias do Japão antigo. São figuras de inspiração diversa: gente comum (camponeses, pescadores, guerreiros), animais, peixes, conchas, insetos, deuses e diabos, máscaras, objetos do cotidiano (taças de chá, cabaças, berinjelas, flores). As expressões das figuras revelam emoções de alegria, tristeza, frustração, ira, ternura.
Pouco se sabe sobre a origem dessas esculturas. É certo que já existiam no século XV no Japão, e a inspiração dos primeiros netsukes certamente veio da China. Uma telenovela brasileira atualmente no ar fala de um antigo tesouro chinês, disputado na trama, de peças de soldadinhos (uma alusão a soldados de terracota de Xian?) que pelo preço estimado na novela (uns US$ 200.000 cada peça), só devem ser de raro e antigo jade… Mas a história deve ter-se inspirado em recente best seller europeu que fala destas obras de arte em miniatura.
Edmund de Waal, famoso ceramista inglês e autor do elegante sucesso mundial “A Lebre com Olhos de Âmbar” (intrigante relato sobre memórias de sua família centradas numa coleção de netsuke que o autor herdara de um tio-avô em Tóquio), diz: “Acho que netsukes se tornaram tão populares no Ocidente porque representam uma face muito compreensível da arte japonesa; além de agradáveis ao toque, contam histórias popularescas, de cunho tragicômico.” De Waal acrescenta que museus britânicos registram um interesse cada vez maior das pessoas por esses mimos como consequência do livro dele que já vendeu mais de 700.000 exemplares pelo mundo. O único museu dedicado a netsuke no Japão fica em Quioto, nas proximidades do Castelo de Nijô, distrito de Mibu (Kyoto Seishu Netsuke Art Museum).
Um tio, em Bastos, no interior do estado de São Paulo, conservava um inroh, que pertencera a meu avô materno. Laqueado de preto e salpicado de pétalas douradas de flor de cerejeira, era guarnecido de netsuke em marfim esculpido em figura de Ebisu, deus japonês da fortuna. Meu tio o usava para manter apetrechos de kiseru (espécie de cachimbo). Não tive a sorte de herdar nenhum netsuke antigo como o felizardo Edmund de Waal (ele herdou 264, todos valiosíssimos!), mas em criança, misto de temeroso fascínio me atraía ao brilho misterioso que emanava do inroh, e ao sorriso enigmático do Ebisu sobre a escrivaninha no gabinete do tio.

texto do site:

Asia
comentada
por Paulo Yokota

sábado, 27 de outubro de 2012

Grupo TaikoZen Jisui

As artes são uma parte importante da nossa prática Zen, e, por isso, é comum encontrar nos templos japoneses aulas de várias artes, como sadô (cerimônia de chá), kadô ou ikebana (arranjo de flores), shodô (caligrafia), baika (música zen budista), taikô (tambor sagrado), e costura, entre outras.
São práticas que incentivam o desenvolvimento de diferentes aspectos da prática zen. Algumas cultivam a tranquilidade, outras desenvolvem “espírito de grupo” e todos aprofundam a concentração e foco.
No segundo domingo de cada mês, teremos o encontro do Grupo TaikoZen Jisui. (Havendo interesse, outros encontros serão marcados através do Grupo de Discussão).
Todos os interessados são bem vindos, de todas as idades, mesmo sem qualquer conhecimento ou experiência musical e independentemente de sua crença religiosa.

Taiko

Reproduzo abaixo trechos de um texto excelente sobre Taikô que encontrei no site da Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bastos:
Taiko significa tambor na língua japonesa. É um instrumento que expressa sentimentos de alegria, ira, tristeza, prazer, dando-se a sensação de deslocar os nossos espíritos até os antepassados.
A origem do Taiko data-se da Era Joumon e Yagoi há dois mil anos e eram utilizados como meio de comunicação entre as pessoas que estavam em locais diferentes. Eram também utilizados em festividades religiosas e sociais, um valioso instrumento de comunicação com a alma dos antepassados e com os Deuses. [...]
O Taiko é uma cultura que tem por objetivo a manutenção da tradição, seus valores culturais e morais.
Fala-se em alma do Taiko (entenda-se, cultura do Taiko) cuja finalidade constitui-se na confirmação da nossa vitalidade e do grito com os companheiros estimulando-se mutuamente para um viver melhor socialmente.
Assim, aos praticantes do Taiko a sua conduta disciplinar, social e moral são fatores fundamentais para ser companheiro e apoio aos parceiros com reciprocidade.
O instrumento Taiko vem sofrendo muitas mudanças após a Segunda Guerra Mundial, precisamente em 1951, por influência do Prof. Daihati Oguti que introduziu o toque coletivo ao Taiko dando sistema múltiplo, possibilitando o seu uso em concertos, inovando o mundo musical.
A vibração do Taiko som transmite a sensação de dinamismo aos praticantes e aos ouvintes, faz as pessoas se sentirem bem, sendo revigorados.
Os percursionistas do Taiko deve ter como fundamento o lema:
- desenvolver um corpo vigoroso, sadio, a coragem, a determinação e o espírito inabalável;
– implantar o sentimento que preza o respeito ao próximo e a filosofia de humildade e eficácia;
– adquirir o respeito aos mais velhos, cooperação mútua, amizade, responsabilidade, união e cultivar o caráter e a dignidade;
– aprender a arte milenar japonesa do Taiko e herdar o valor deste folclore, cultivá-lo, preservá-lo e propagá-lo.
Os praticantes do Taiko devem tocar com o corpo e alma, não basta simplesmente ficar batendo no instrumento para simplesmente fazer barulho, isso qualquer um faz, não precisa estudar e nem ser disciplinado, mas deverá tocar a alma das pessoas que ouvem a sonoridade. Taiko é uma arte, pratica-se música e condicionamento física, possibilitando o prazer, a serenidade, alegria com concentração.
Finalizando, esta é uma explanação muito sucinta, sobre o Taiko que se for filosofar sobre esta arte milenar ficaríamos várias noite discutindo.
Assim, prezados praticantes do Taiko, boa sorte e façam Bastos se orgulharem de vocês, pois representam a nossa cidade em vários eventos da região, temos a convicção de que se sairão muito bem e com louvor.
Nota: Há mais de 100 grupos de Taikô no Brasil, reunidos na Associação Brasileira de Taiko.
. Ler uma reportagem sobre o evento celebrando os 10 anos desta Associação. Ler artigo sobre Taikô do Portal Nippo-Brasil Nippo-Jovem:

Vídeos do grupo brasileiro Wakaba Taikô de Curitiba. Este grupo representou o Brasil no 14º Nippon Taiko Junior Contest, ficando entre os finalistas e recebendo um Prêmio de Menção Honrosa

terça-feira, 9 de outubro de 2012

1º Encontro Garibaldense da Cultura Japonesa




O Escritório Consular do Japão em Porto Alegre, a Fundação Japão em São Paulo e o Corpo de Bombeiros Voluntários de Garibaldi promovem o 1º Encontro Garibaldense da Cultura Japonesa, a ser realizado nos dias 19 e 20 de outubro de 2012, na Faculdade Fisul (Av. Presidente Vargas, 561 – Garibaldi/RS).
Com a finalidade de divulgar a cultura japonesa e promover o intercâmbio cultural entre os gaúchos e os japoneses, esse importante evento contará com a colaboração da colônia japonesa do Rio Grande do Sul.  Com a entrada franca, o público terá a oportunidade de vivenciar algumas particularidades da cultura japonesa, através das diversas atividades que serão apresentadas, desde as artes marciais, danças típicas japonesas, karaokê, Ikebana (arranjo floral), Bonsai, caligrafia japonesa, Origami (dobradura de papel), massagem shiatsu, cosplay, estandes de animê e mangá (histórias em quadrinhos) até a típica culinária japonesa, onde não são raros os pratos completamente incorporados e difundidos entre os brasileiros, tais como: o sushi, o yakitori e o yakisoba.
Para abrilhantar esse encontro na cidade de Garibaldi, contaremos também com a participação especial de convidados de São Paulo. Entre eles estão, um grupo de danças e de tambores japoneses, a Especialista em Saquê, Yasmin Yonashiro, e a Origamista Adriana Suzuki.
A abertura do evento acontecerá no auditório da Faculdade Fisul, na sexta-feira, dia 19 de outubro, às 19:30h, com uma palestra sobre saquê (bebida tradicional do Japão), com a Sake Sommelier Yasmin Yonashiro.
No dia 20, sábado, as atividades acontecerão das 10 às 18:30h, iniciando com a palestra da Origamista Adriana Suzuki sobre a arte da dobradura de papel.

Maiores informações: fone (51) 3334-1299

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cultura Japonesa

Fiz esse material para a cadeira de Cultura japonesa que cursei na UFRGS. Contem fotos de diversos eventos  inclusive comemorativos do Centenário da Imigração Japonesa no RS.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Fotos de Família




Esse é o Yuji Katsuo com 2 dias na foto de kimono.Saindo do costume aqui abro espaço para fotos pessoais.Essa é minha família,toda feliz com a chegada do novo membro e este aqui  acima é o enfeite na porta da maternidade.Como não poderia deixar de ser ,fazendo jus a nossa paixão pelo oriente (sim,é compartilhada por toda familia), em estilo oriental.Na foto do meio eu com sete meses de gravidez ,Kewian Sathyananda com 5 anos e meu marido Jonas.